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Workshop arte graffiti






Workshop arte graffiti ministrado por Denissena. Parceria com a BASF e o projeto De peito aberto, que desenvolve ação social na cidade Camaçari-Ba.



Difusão

Operário Cultural leva sua arte do Cabula para o mundo

denisMorador do bairro do Cabula, Denissena, mais conhecido por ser o “Operário Cultural”, desenvolve desde pequeno a sua arte. Aos sete anos, foi induzido por seu pai a desenhar os traços da mãe, o resultado não foi extraordinário, porém, em cada traço era possível visualizar o amor emitido por ela. Desde então, o artista visual, ilustrador, escultor, grafiteiro e arte-educador baiano,  usa tudo que for possível como fonte de inspiração para customização.
 Em 2007, Denissena saiu do bairro onde mora e levou a sua arte para Nova York, este foi o resultado do seu trabalho e esforço. Nesse sentido, ele comenta como se sentiu em representar a “sua galera” em um ambiente internacional.  “Fico feliz em ser referência para os jovens, que apreciam e acreditam na força transformadora das artes visuais”. Além do II Trienal de Luanda, em Angola.
Conheça um pouco mais sobre este artista:
1.Você é morador do Cabula? Como surgiu a ideia de trabalhar com graffiti?
Sim, há mais de 20 anos, depois de morar no Curuzú e Coutos. Sou cidadão do mundo.
A ideia de trabalhar com graffiti surgiu naturalmente. Recebi o convite do coordenador da ONG Projeto Cidadão, o Antonio Jorge.  Antes eu já desenhava e tive incentivo da minha avó Helenasena, professores e amigas/amigos. A ONG, me possibilitou a evoluir com os educandas/educandos e difundir a arte urbana e cosmopolita, o graffiti. Umas das principais linguagens da arte contemporânea, que exploro no cotidiano.
2.Em 2007 você esteve em Nova York, onde realizou palestras, workshops e exposições.  Como surgiu essa oportunidade?
O convite veio da urbanista novayorkina Carly Fox e o baiano Eder Muniz (Calangos). Tivemos  um pequeno apoio da prefeitura municipal e chegando lá nos viramos. Foi uma experiência ímpar. Adaptar ao clima, culturas e língua, foi um processo marcante para minha evolução humana e artística.  A vida lá não é tão fácil, me fez acreditar que posso voar e vencer os desafios.
3.Como se sente em representar a sua “galera”, em um ambiente totalmente internacional?
Não me sinto diferente. Acredito nas possibilidades do crescimento artístico, através da luta e fé. Fico feliz em ser referência para os jovens, que apreciam e acreditam na força transformadora das artes visuais.
4.Porque criar o Blog Quilombo Cabula?
Cada vez mais somos seres tecnológicos. Percebi a necessidade de criar um blog pra difundir acontecimentos de ações culturais na comunidade Cabula. Há muitos jovens talentosos, que precisam de oportunidades e informações benéficas, que contribuam com a formação política-cultural.
5.Como funciona o trabalho desenvolvido no Projeto Cidadão?
As aulas acontecem aos sábados, nos horários das 14 às 16h. Gratuito. O público é de crianças, adolescentes e jovens interessados em conhecer e aprender a linguagem arte graffiti. Temos a parceria da Escola Municipal Cabula 1 e TBC – Turísmo de Base Comunitária, UNEB.
Na metodologia, abordamos a história do graffiti, a influência da cultura Hip Hop, tendências da arte urbana. Aulas de desenho a partir de elementos geométricos e livres. As noções básicas através da ferramenta spray em diversos suportes.
6. Se você pudesse destacar os momentos mais marcantes da sua carreira até agora, quais seriam?
Houve momentos marcantes e inesquecíveis dentro de mim. Lembro da minha primeira produção no Centro de Convenções, em 1996. Ilustrações para marcas, cd´s e livros. O movimento Artpoesia. As oficinas desenvolvidas através do projeto Grafipaz, UNEB. A minha exposição do Lixo ao Luxo. O projeto Skol Baú Elétrico, difundindo a arte em algumas cidades da Bahia.  A minha passagem pelo MAM- Museu de Arte Moderna em 2008, além de mostras no Conjunto Cultural da Caixa, Centro Cultural dos Correios com a mostra coletiva Sinais Urbanos, no Pelourinho. II Trienal de Luanda, Angola. Casa Cor Bahia. Performances em eventos e teatro. Ações sociais nas comunidades.
7. Como você avalia a visibilidade da arte em Salvador?
Salvador é uma cidade histórica, que está crescendo. Vejo muitas intervenções de arte pela cidade na resistência dos artistas e pouco investimento das políticas culturais. O mercado de arte tem a pretensão de crescer e devemos cobrar o poder público e estimular as empresas privadas a promoverem ações culturais na cidade.
8. Deixe uma mensagem para os iniciantes nesta arte.
” É preciso acreditar em voar. Talento não se enterra. A arte é o maior sentido de viver, quando acreditamos.”
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Fonte: CabulaCity | Crislaine Cambuí. Alex Lins.http://www.cabulacity.com.br/?p=90