Card 1
“Meu primeiro desenho foi um pedido de meu pai:
- Denis, por que você não faz um desenho de sua mãe, meu filho?
O desenho que fiz tinha amor em cada traço.”
Assim como uma criança dá os primeiros passos, esses eram os meus primeiros traços poéticos na direção da arte.
Card 2
“Na beira do rio Pojuca, perto da casa de meus avós, eu criava personagens com argila. Era a criatividade que brotava ali, na hora, perto da natureza. Minha avó me dava total liberdade de expressão, de criação, deixava meu imaginário transcender… Meu avô ficava contemplando…“Como esse menino consegue criar com tanta facilidade?”
Fotos: Esculturas da exposição virtual “Crianças de argila: Imaginário na infância”
Card 3
“Desenho desde criança, tinha influência de diversos desenhos animados, lembro do He-Man e do desenho “Caverna do Dragão”, gostava muito. Lembro das escolas por onde passei… Colégio Estadual Roberto Santos, Escola Municipal Cabula 1, sempre encontrei professores que me incentivaram.”
Card 4
“Lembro que foi a partir do convite do professor de artes Henrique Burgos, que me levou para realizar uma intervenção no projeto “Made in Brasil”, no ano de 1996, no Centro de Convenções. Eu vi tudo aquilo e pensei: é da arte que eu quero viver. Decidi aos 18 anos que queria viver da arte e aí fui em busca, caminhei e continuo caminhando!”
Card 5
Na 1ª exposição, intitulada “Do Lixo ao Luxo”, Denissena apresentou esculturas, desenhos e obras feitas a partir de material reciclável. A exposição aconteceu em novembro de 1999 e foi realizada no hall do auditório Caetano Veloso, no Campus 1 da UNEB, no Cabula.
Card 6
A OSCIP Projeto Cidadão teve início no ano 2000, através do convite do amigo e educador social Antônio Jorge, foi minha primeira experiência em sala de aula, na comunidade Cabula 1, vendo o quanto a arte educação é uma ferramenta transformadora. Tivemos excelentes parcerias, realizamos importantes concursos de graffiti nos anos de 2003 e 2004. Foi muito relevante para o reconhecimento e difusão da arte graffiti na Bahia e no Brasil.
Card 7
Viajei para Nova Iorque em 2007, a convite da pesquisadora americana Carly Fox, tive a oportunidade de participar de mais de 25 eventos, entre palestras, workshops, intervenções… Lembro que fizemos um painel contra a guerra no Iraque. Pintamos em Manhattan, no Queens, 5 Pointz, foi um processo intenso.
Card 8
Participei da 2ª Trienal de Arte Contemporânea em Luanda-Angola junto com outros artistas baianos, a exemplo do amigo, artista visual e museólogo Naum Bandeira, produzimos dentro e fora da galeria foi uma vivência ímpar.
Em 2015 retornei a Luanda a convite de uma empresa que tinha em sua maioria funcionários brasileiros. Dessa vez fui convidado para pintar no Parque Ulengo, pintei uma sala de cinema e também um avião de pequeno porte que funcionava como restaurante.
Nessa viagem pude conhecer melhor as comunidades, ver o contraste social.
Card 9
“O papel dos(as) curadores(as) é o de cuidar, acompanhar desde o início as produções, selecionar as obras, dialogar com o artista. Ter um bom senso de escolha do que vai ser exposto na galeria.”
Um abraço especial a César Romero @cesarromero8539 e a Cristiano Cardoso @cristianocardosos
Fotos:
Exposição “denissena.grafitebahia” e exposição coletiva “Grafite Sinais Urbanos”, curadoria de César Romero.
Exposição “Inquietude na contemporaneidade”, curadoria de Cristiano Cardoso.
Card 10
“Eu acredito na arte como um meio de expressão, comunicação e transformação social.”
Fotos:
Workshop com os Guaranis, no Paraná (janeiro de 2015)
Museu da Cidade - Exposição Indígena Afro Brasil (2012)
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Esse projeto foi contemplado pelo Prêmio Riachão – Projetos de Pequeno Porte, da Fundação Gregório de Mattos, Prefeitura Municipal de Salvador, por meio da Lei de Emergência Cultural Aldir Blanc, destinado pela Secretaria Especial da Cultura do Ministério do Turismo, Governo Federal
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